Enfrente os seus medos e dê asas ao seu potencial em 6 passos

Quando foi a última vez que disse “não” a alguma coisa por medo? Alguma vez deixou de fazer uma viagem por não conseguir sequer pensar em entrar num avião? Evitou uma boa oportunidade de dar uma palestra porque significava estar à frente de uma multidão? Perdeu a oportunidade de ser promovido(a) porque não foi capaz de falar com o seu chefe? Se lhes dermos via livre, os nossos medos podem controlar a nossa vida. Ao enfrentá-los, podemos explorar o nosso verdadeiro potencial e aprender a ser verdadeiramente felizes.

 

 

No seu livro Solve for Happy, Mo Gawdat estabelece uma abordagem em sete passos para enfrentarmos os nossos medos. Os medos são barreiras e viver uma vida sem medo significa que podemos desbloquear o nosso verdadeiro potencial. “O medo é, por vezes, uma ilusão exagerada e quando vemos a ilusão, a ilusão desaparece”, afirma Gawdat.

 

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Passo 1: Admita que tem medo

O primeiro passo, e o mais importante, é simplesmente assumir. Tem medo. Todos temos. Frequentemente, dizem-nos que devemos evitar deixar que as nossas emoções transpareçam, mas isso significa repetir padrões habituais. O medo tem muitas formas. Aparece sob a forma de ansiedade, quando projetamos os nossos medos em situações futuras; de constrangimento, que vem do medo da rejeição; de pessimismo, quando pensamos que o futuro será pior do que o presente; e até de inveja, se acreditarmos que somos inferiores aos demais. Estas emoções que derivam do medo têm o poder de nos controlar, mantendo-nos “seguros” num padrão de comportamento. Mantêm-nos na nossa zona de conforto e dificultam que exploremos o desconhecido. Ao admitirmos que também nós temos medos, estamos a dar o primeiro passo em direção à libertação e à exploração do nosso verdadeiro potencial.

 

Se tiver dificuldade em admitir os seus medos, comece por se fazer esta pergunta: Sente-se livre?

 

“Se há algo que quer fazer, mas não pode, então não é livre”, diz o especialista em felicidade Mo Gawdat.

 

Passo 2: Compreenda o que é o medo

O medo pode ser o que nos mantém “seguros”, mas a verdade é que muitas das coisas de que temos medo não são tão más quanto a ideia que temos delas. Pense nas vezes em que realmente deu de caras com algo de que tinha medo. Foi tão mau quanto pensava?

 

O mais provável é que ninguém se tenha levantado para vaiar enquanto fazia a sua apresentação, independentemente de ter gaguejado ou não. Não sofreu uma combustão espontânea ao falar com aquela pessoa por quem tinha um fraquinho quando era adolescente. Se foi a uma festa na qual não conhecia ninguém, talvez tenha saído com alguns amigos novos ou, na pior das hipóteses, aborreceu-se um pouco. Mesmo as verdadeiras ameaças são mais pequenas do que pensa. Acidentes mortais de avião? A probabilidade de acontecerem é inferior a 1 em 3 mil milhões. E a maior parte das aranhas fica quieta no seu canto, com mais medo de nós do que nós temos delas. O mundo em que vivemos, no seu todo, é seguro.

 

Pergunte-se quando foi a última vez que o seu maior medo aconteceu. Porque na verdade, se os seus maiores medos acontecessem, hoje não estaria aqui.

Mo Gawdat, embaixador da felicidade da Rituals

Passo 3: Identifique o seu medo

Todos temos medos. Mas por vezes, temos medo de os reconhecer. Deixamos que a lista das coisas de que temos medo se esconda no fundo da nossa mente, controlando as nossas ações e as nossas oportunidades. E ao deixá-los sem identificar, estamos a dar-lhes poder sobre nós. Da próxima vez que tiver medo, olhe o seu medo de frente e identifique-o. Medo de falar em público. De tubarões. Das alturas. Do número 13. De palhaços. Seja o que for, diga-o em voz alta.

 

Se for difícil para si, reconheça que talvez tenha outro medo dominante: o medo de enfrentar os seus medos. Seja benevolente consigo e admita que também é um ser humano que sente medo.

 

Passo 4: Compreenda os jogos de medo do seu cérebro

Ao nível mais básico, o nosso cérebro desenvolveu o medo como um mecanismo de defesa para nos manter seguros. Pense nos nossos antepassados de tempos pré-históricos. O cérebro desenvolveu a resposta de luta ou fuga como uma forma de os manter a salvo dos predadores e de outros perigos que ameaçavam a sua vida. Hoje em dia, continuamos a ter esta reação, mas os medos da era moderna não são uma ameaça para a nossa vida. Alguma vez sentiu o coração a palpitar e os ombros a ficarem tensos antes de uma importante apresentação? É a sua resposta de luta ou fuga ao trabalho.

 

O medo também foi criado para nos manter a salvo da dor, mas em determinadas circunstâncias, a dor pode levar a coisas boas. Pense numa ginasta que, depois de anos de treinos extenuantes, consegue uma medalha de ouro. Foi doloroso, sem dúvida. Teve dores musculares, os tendões tensos e bolhas nas mãos. Mas ela também sabia que a dor era uma parte necessária do seu treino, do seu crescimento e da sua melhoria, pelo que aprendeu a aceitá-la.

 

De que outras coisas é que o nosso cérebro nos mantém seguros? A ameaça da dor emocional está na origem de muitos dos nossos medos: desgosto, deceção, humilhação. Mas se a dor física pode ser ultrapassada, não se aplica o mesmo às nossas emoções? Quando aprendemos a lidar com os medos, da mesma forma que um atleta aprende a lidar com os músculos doridos, começamos a dar asas ao nosso infinito potencial.

 

Uma forma fácil de compreender de onde vem o nosso medo é questioná-lo. Vá ao mais fundo do mecanismo de defesa do seu cérebro. Digamos que tem medo de falar com desconhecidos, vamos desmontar esse medo camada por camada. Tente ter este diálogo consigo:

 

De que é que tens medo?

Tenho medo de dizer algo idiota à frente de muita gente.

E porque é que isso te assusta?

Tenho medo de que me julguem e me ridiculizem.

E porque é que isso é tão assustador?

Porque como consequência, posso ser alvo de rejeição.

E porque é que a rejeição te preocupa?

 

Vá cada vez mais fundo até descobrir a origem desse medo. Quando lá chegar, pense nela e sinta o seu poder. Depois liberte-a. Terá de fazer isto uma e outra vez, mas de cada vez que o fizer, estará mais perto de ser livre.

 

Passo 5: Faça o voto

Quando souber qual é o seu medo, desafie-se a olhá-lo de frente e a assumi-lo. E esse é o momento em que decide: vai permitir que o medo tome conta de si? Ou vai viver a sua vida de acordo com as suas próprias regras? Se quiser romper estes padrões, terá de se comprometer a enfrentar os seus medos.

 

Passo 6: Dê o salto

Este passo é simultaneamente o mais fácil e o mais difícil, simplesmente tem de o fazer. Tem medo das alturas? Inscreva-se numa aula de escalada. Sofre de ansiedade social? Aceite o próximo convite que lhe fizerem para ir a uma festa. E depois, saia mesmo de casa e vá. Antes de dar o salto, Mo Gawdat recomenda que trabalhe numa lista de perguntas que ele chama “o interrogatório”. Pense no seu medo e faça-se estas perguntas:

 

Qual é a pior coisa que pode acontecer?

Se for fazer uma apresentação em público, as pessoas podem vaiar.

 

E daí?

E se me vaiarem, o que tem? Vou deixar de existir?

 

Qual é a probabilidade de isso acontecer?

Quantas vezes viu oradores terríveis em palco e quantas vezes viu que alguém os vaiava?

 

Há alguma coisa que possa fazer agora para evitar que esse cenário aconteça?

Sim! Comece a trabalhar e a preparar-se.

 

Posso recuperar?

Se realmente acontecer o pior, a sua vida não vai acabar! Com frequência, o pior cenário é uma imaginação que pouco provavelmente se concretizará.

 

E o que acontece se eu não fizer nada?

Qual é o preço do status-quo? Dar o passo e falar em público pode levar a magníficas oportunidades.

 

Qual é a melhor coisa que pode acontecer?

Dê a volta aos seus pensamentos, em vez de pensar na pior coisa que pode acontecer, visualize a melhor. O preço de não fazer nada costuma ser mais alto do que o preço de enfrentar o seu medo.

 

Passo 7: Está na hora

Sim, o seu coração pode começar a bater muito rápido e pode ficar com as mãos suadas, mas quanto mais enfrentar os seus medos, ao longo do tempo, será cada vez mais fácil, até que deixará de se lembrar que costumava ter medo. Parabéns, saiu da sua zona de conforto e está no caminho para uma vida sem medos e cheia de potencial.

 

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